Vou beijar-te levemente os lábios, como uma brisa suave e morna e passar os dedos pelo teu rosto, reconhecendo as tuas feições tácteis.
Depois, puxar-te-ei para mim e beijar-te-ei intensamente, sentindo o veludo da tua língua a envolver-me e o calor a espalhar-se em ondas concêntricas por todo o meu ser.
Deitar-te-ei com todo o cuidado para não quebrar as tuas asas de anjo, e passarei os meus dedos famintos pelas tuas costas em carícias suaves mas precisas até sentir a tua pele arrepiar-se ao meu toque.
Serás o meu mar e mergulharei em ti, tocando com os lábios o teu pescoço, os teus ombros e os teus seios. Abraçar-te-ei, sentindo que todo o meu mundo está ali, naquele preciso instante, e um sorriso involuntário brotará na minha cara enquanto os meus olhos procurarão os teus.
Faremos as nossas vagas entrechocarem-se em ondas de espuma e de prazer enquanto sons miríficos dançarão aos meus ouvidos, em volteios de ternura e espasmos de prazer.
Já exaustos, os teus olhos tontos, deitar-se-ão sobre o meu peito e aí restaremos, a ouvir as nossas respirações, descompassadamente síncronas enquanto te envolverei no meu braço.
A tua pele na minha pele e os teus cabelos espalhados sobre mim.
É assim que eu te vou amar...
... se tu assim o quiseres.
PS. Passou um ano e continuas a tirar-me o sono