Postby Pedro Farinha » 29 May 2009 20:58
O passageiro do vento
E perto da última fronteira o caminhante parou.
Tinha percorrido um longo caminho e enfrentado as forças da natureza, e as da natureza humana, quiçá as mais difíceis de ultrapassar.
Agora, perto da terra prometida, junto à linha da última fronteira, o viajante sentou-se. Esticou a mão ultrapassando essa frágil linha imaginária e, gentilmente, tacteou aquela terra até então desconhecida. Depois, lentamente, recolheu a mão e aproximou-a do nariz e dos lábios. Nunca ali tinha estado, nem nunca acreditara que ali chegasse, mas, curiosamente, sentiu-se em casa.