Mas realmente os dois favoritos dele são o Faulkner (que tem o stream of counsciousness) e o Céline que, pelo que li na wikipedia, tb devia ser díficil de ler como os raios...
O Hemmingway está ali só para enganar...
Moderator: grayfox
croquete wrote:Bugman wrote:A única coisa de complicada em ALA é encontrar esse ritmo de poesia para ler o poema. A questao "lobantúnica" é que a narraçao dele nao é feita e uma ou duas dimensoes, há ali quatro a funcionar em simultâneo e quando digo quatro, estou a incorporar o tempo, estou a incorporar essa dimensao do pensar no que foi, no encadear raciocínios e chegar ao agora a caminho do amanha
Por outras palavras.Não se quer fazer entender.
É limitado.
urukai wrote:Ok Bugman,
tens razão mas depois faz confusão quando em todas as entrevistas do ALA ele diz que o seu objectivo é narrar bem uma história como os Americanos fazem.
Já o disse aqui e volto a dizer, ele é um péssimo narrador de histórias. Admito que possa descrever exemplarmente e de forma original os sentimentos e relaçoes dos personagens, pode ter uma abordagem tb aliciante à cronologia das histórias mas ele não é um bom contador de histórias porque a história em si perde para o formato e para o conteúdo emocional da coisa.
urukai wrote: Agora que ele escreve bem isso escreve, mas não é um autor para a cultura e compreensão médias em Portugal.
Sinceramente não sei como teve tanto sucesso em Portugal mas presumo que muitos dos que o compraram não o leram...
Bugman wrote:Isto começa a tornar-se monótono e ainda nao percebi muito bem se nao estás a mangar comigo...
croquete wrote:Bugman wrote:Isto começa a tornar-se monótono e ainda nao percebi muito bem se nao estás a mangar comigo...
Um bocadinho. Mas tu também estás a provocar.![]()
Não tenho qualquer problema em admitir que pode ser falta de cultura minha e que é problema meu se compreendo as complicações do ALA como desnecessárias.
Também já o disse que tal como existem leitores que preferem ler apenas o que é simples por preguiça também existem outros que parecem julgar que sobem a patamares superiores intelectuais porque julgam compreender a idiossincrasias de um misantropo qualquer.
Podes preferir um quadro por analogia:
A diferença entre um remédio e um veneno está na dose. Correcto?
Um poema poderia ser o remédio aceitável, os textos que já li do ALA são uma palete de comprimidos tomadas de uma só vez.(E multidimensional pelos vistos...)
Bugman wrote: Se leram até aqui, merecem alguma da clareza que é negada ao leitor. Merecem a clareza de quem não quer, não tem tempo para ler os parágrafos duas, três vezes, parar, beber uma cerveja gelada e pensar neles. Gostei do livro. É uma obra que cansa fisicamente, que nos obriga a tornar atrás, reler. Ler outra e outra e outra vez. E no final, quando percebemos, desfazer essa ideia idiota que tinhamos de uma famíilia do Estoril. Existiram? Nunca o foram?
Sharky wrote:Ando cá com uma vontadinha de ler o Nº 4 " Explicação do Pássaros ". É que já li os anteriores
Samwise wrote:Sharky wrote:Ando cá com uma vontadinha de ler o Nº 4 " Explicação do Pássaros ". É que já li os anteriores
Tens, ou queres um empréstimo?
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